Tiritas pra este corazón (tirititando de frio)

"Quién me tapará esta noche si hace frío?
¿Quién me va a curar el corazón partío?
...
Dar solamente aquello que te sobra,
Nunca fue compartir, sino dar limosna, amor."
Mãos suadas, olhos vidrados, coração acelerado, pernas inquietas, coisas de quem está apaixonado. Ou então tendo algum ataque cardíaco. De qualquer forma refere-se a uma doença no coração. Como é ruim não sentir nada disso. Não ter a quem amar, em quem pensar nas horas vagas do dia, com quem sonhar, para dedicar cada palavra mal rimada, como é ruim ter de guardar todo o amor escondido em qualquer canto dessa vida quase indigna que vivo. Esconder no canto pra não acabar entregando a quem não merece, ou indo consumi-lo todo com as mágoas e ressentimentos e lembranças ruins. Não sei se estou mais doente quando amo ou quando não amo. Amar é saudável mesmo quando dói? Existe remédio para um coração que insiste em bater, mesmo sem ter porquê? Existe curativo para feridas que não se cicatrizam apesar do tempo que passou? Existe remédio para quem ama, mas sempre só?
Luana Gabriela
22/04/2009

- e eu ... -

Se me perguntar hoje o que mais dói em mim eu digo sem titubear: não ter com quem dividir a felicidade. é verdade que às vezes bate a tristeza e não ter para quem ligar só para ouvir um eu te amo e melhorar também faz falta. mas vencer uma batalha e ter de comemorar sozinha, é horrível. pelo menos eu sei que o meu melhor prêmio será você e isso eu realmente não vou querer dividir com ninguém. Menos mal. L.G.

- para a minha exceção -

"Que vontade, que vontade enorme de dizer outra vez meu amor, depois de tanto tempo e tanto medo. Que vontade escapista e burra de encontrar noutro olhar que não o meu próprio - tão cansado, tão causado - qualquer coisa vasta e abstrata quanto, digamos assim, um caminho. Preciso de você que eu tanto amo e nunca encontrei. Para continuar vivendo, preciso da parte de mim que não está em mim, mas guardada em você que eu não conheço. Tenho urgência de ti, meu amor. Para me salvar da lama movediça de mim mesmo. Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar. Preciso ter certeza que inventar nosso encontro sempre foi pura intuição, não mera loucura. Ah, imenso amor desconhecido. Para não morrer de sede, preciso de você agora, antes destas palavras todas cairem no abismo dos jornais não lidos ou jogados sem piedade no lixo. Do sonho, do engano, da possível treva e também da luz, do jogo, do embuste: preciso de você para dizer eu te amo outra e outra vez. Como se fosse possível, como se fosse verdade, como se fosse ontem e amanhã." C.F.A
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