Eu te acho lindo. Fico aqui sentada no sofá, te olhando no
vão da porta da cozinha. Me perguntando como
pode alguém ser tão perfeitamente imperfeito. Teus defeitos se encaixam nas
minhas qualidades, e meus defeitos se encaixam na curva no teu ombro direito.
Seu nome que rima com o meu, o tom da tua voz em harmonia
com o toque dos meus dedos naquele teclado velho que você comprou pra gente
ensaiar algumas do Esteban. Eu queria te ouvir chamar meu nome, ainda que eu
não me chame Sophia.
Eu fico deitada esperando seu café, sentindo teu cheiro no
edredom, eu não sei muito o que te dizer, você chega e eu sussurro um obrigada,
obrigada por este sábado à tarde, obrigada por que desde a sua chegada todos os
dias são como sábados de inverno, um café doce, um abraço quente, e lá fora as
árvores em sinfonia com o vento.
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