- Afinal de contas o que nos trouxe até aqui? - Engenheiros do Hawaii


E sabemos que vamos prosseguir
Se por coragem ou por medo
Não sabemos definir.


Luana Gabriela

- Afinal de contas o que nos trouxe até aqui? - Engenheiros do Hawaii


E sabemos que vamos prosseguir
Se por coragem ou por medo
Não sabemos definir.


Luana Gabriela

- Afinal de contas o que nos trouxe até aqui? - Engenheiros do Hawaii

E sabemos que vamos prosseguir

Se por coragem ou por medo

Não sabemos definir.



Luana Gabriela

- Afinal de contas o que nos trouxe até aqui? - Engenheiros do Hawaii


E sabemos que vamos prosseguir
Se por coragem ou por medo
Não sabemos definir.


Luana Gabriela

[Falar de amor, não é amar, não é querer ninguém]

Fernando, Estranho começar assim com teu nome todo. Quantas cartas e bilhetes te escrevi, usando apenas Fer. Não sei se era por carinho ou pressa de dizer-te logo cada coisa que eu sentia, antes que eu não sentisse mais. Ou antes que você partisse, nosso tempo junto para mim sempre foi tão pouco. Hoje não temo mais deixar que o sentimento me escape, ou ainda que você vire as costas e me deixe aqui. Não temo porque hoje sei que o amor é lento para chegar e para ir embora. Estou em casa. Cheguei do trabalho há pouco, não houve um telefonema seu, não há nada seu aqui em meu apartamento. Aquele seu moletom, que eu tanto usava nas tardes de domingo, já devolvi. No rádio toca aquela música. - Eu caí em pedaços/Um grão de areia carregado/Por marés-. E eu fui carregada. Fui levada a crer em teus olhos esverdeados, mesmo nos dias cinza, brilhavam. Sabe, eu cheguei mesmo a acreditar que talvez o amor não fosse aquela dor toda que inundava os poetas que eu mais admirava. Talvez o amor fosse aquela coisa boa, de olhares, abraços, beijos, brigas e fazer as pazes. Talvez fosse só ceder e assistir o filme que você queria, e ainda sorrir na cena fria de violência. - Dias esquecidos/No verão que eu inventei – Acho que não te amo. Acho que nunca te amei. Inventamos ambos esse mentira toda de – você é tudo que eu queria – só para sermos. E fomos. Mas já não queremos. Queremos? Não sei bem porque ainda te escrevo. Depois das nossas brigas você sempre me irritava pegando o violão, me olhava com aquela cara de você-não-me-engana-mais e cantava: Falar de amor não é amar/Não é querer ninguém/Falar de amor/Não é amar alguém - E eu achava mesmo que falar não era amar. Mas eu falava e amava. Pois bem, Fernando. Saiba que hoje não falo mais de amor. Amo calada. Luiza
************************************************** Luiza, Nunca fui tão bom com as palavras como você. A música sempre falou mais por mim, do que eu pelos versos. Enfim, você sabe. Você me conhece bem. Quando aos domingos passava em tua casa, a tarde para mim era pouco, a vida era pouco para estar contigo. Hoje também prefiro esse contato distante de te ler apenas, e não mais te ver. Afinal foram as palavras que nos uniram. Teus textos, meus versos cantados. Eu sei o que nos uniu, mas ainda não sei, mesmo depois destes dias todos, quase um mês, ainda não sei o que nos separou. - Sentindo o chão sumir/Embaixo dos meus pés/ No fundo dos seus olhos/Afogado em gelo – Quando te conheci estava tudo tão errado em minha vida. E essa música que hoje ouvimos, separados, diz bem o que eu sentia quando você passava por mim e sorria. - Eu segui os seus passos/Achando que você/Soubesse onde ir/Eu me vi em seus sonhos/Perdido, sem saber/Que direção seguir. Estava perdido quando te encontrei. Hoje me encontro perdido depois de perder você. Nunca soube definir bem nossa relação, meus sentimentos por você. Tenho uma melodia gravada, fiz na última quarta. Lembrando do teu sorriso, do teu abraço. De tudo que eu ainda preciso. Não tenho letra para ela, mais tarde passo aí, quem sabe a gente pode escrever junto uma outra história. Do teu (nunca soube definir que espaço eu ocupo em tua vida), Fer.
PS: Só Fer, porque eu ainda tenho pressa quando o assunto é você. E você está enganada quando diz que não há nada meu em seu apartamento, enquanto você estiver aí sempre haverá algo meu. Luana Gabriela 05/01/2010
*Participação de estreia da Postagem Coletiva
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