Não pensei em um título

Eu preciso de mais trabalho, mais clientes. Não tanto pelo dinheiro - porque Graças a Deus tá ficando tudo certo - o problema é que mesmo trabalhando 8h (quase) por dia e mais atendendo clientes, cobrindo eventos, ainda tenho tempo de ficar fuçando essa internet e descobrindo blog´s que despertam meu lado consumista, que na verdade não precisava ser despertado. 

O achado dessa vez é ainda melhor que os outros 2 que já citei aqui. O site é www.coisasdediva.com.br sobre maquiagem, cremes, esmaltes e tudo o mais. As meninas que escrevem são daqui de Curitiba também, o que torna tudo muito mais legal, porque sei onde encontrar TUDO que elas comentam. =D 
Já programei até o roteiro para comprar os próximos produtos, semana que vem!

Ontem fiz a unha e escolhi um esmalte que eu nunca tinha usado: o Coral Chic da Colorama. (preguiça de colocar a foto). Mas eu curti bastante! 

IMPORTANTE:
Uma escritora me mandou email hoje,informado que tinah me citado numa matéria que foi publica no Digestivo Cultural. A matéria "Conselho para novos escritores" é bem legal, e eu fiquei super feliz com a citação que é resultado do meu trabalho no outro blog 500g de cultura. Leia matéria "AQUI".


Post inútil again. Mas fazer o que? Preciso disso às vezes!


A banda mais bonita da cidade

O último post foi muito triste! Então aqui vai um mais ligth! Festival de Curitiba começou ontem. Mais de 400 peças, shows, filmes, gastronomia, etc. Entre as melhores coisas que o festival vai apresentar é o show: Sem querer me deitei do teu lado mais frágil (podia ser nome de livro, filme indie nacional - achei o nome muito F()*&&¨&%%#) da BANDA MAIS BONITA DA CIDADE. O som rompe as barreiras dos acordes é ao mesmo tempo teatral e literário. 


Segue vídeo: 



Outra notícia boa: Minha bandinha de punkrock favorita Pelebrói Não Sei? (que não existe há alguns anos) vai voltar aos palcos em julho. É um punk que além de crítico também é romântico e divertido. Segue o vídeo de uma das minhas músicas preferidas deles! Pra esse show já tenho companhia certa! ;)


Letra:

Tens mesmo certeza que essa angústia vai passar
Que serás feliz tendo dinheiro pra gastar
Um Corsa usado e sujo em frente ao portão
Missa aos Domingos, ver televisão (HAHA)
Conquistar o mundo sem sair do teu sofá
Ser bem conhecido, ter piadas pra contar
Visitar parentes, casamentos, batizados
Décimo Terceiro pra curtir o feriado (de Natal)
Tudo é tão legal, basta não olhar
E seguir fingindo sonhos encontar
Futebol na Quarta, férias no Verão
Lágrimas Alcoólicas pra pedir perdão (HAHA)
Conquistar o mundo sem sair do teu sofá
Ser bem sucedido, ter bobagens pra falar
Visitar parentes, funerais e batizados
Décimo Terceiro pra curtir o feriado (em Natal)
Tudo é tão legal, basta não sonhar
Sonhos são pra loucos que querem amar
Futebol na Quarta, férias no Verão
Lágrimas e cólicas pra pedir perdão (HAHA)


Não resisti e vou colocar uma bonitinha deles (uma das mais conhecidas): 


Agora que eu lavo a roupa não me tratas bem
Enquanto bebo uma cerveja tu bebes também
Eu fico deitado ao teu lado tão estranho
Quanto alguém que já morreu
Agora que eu lavo a roupa você me esqueceu
Agora quando eu chego em casa você nem me vê
Eu fico sentado na sala em frente a tv
Lembrando tão intensamente todo aquele tempo que você me amou
Agora que que eu lavo a roupa você me deixou
Agora toda minha familia é o rex e eu
Nem mesmo aquela calça velha você devolveu
Eu tomo mais um gole puro de saudade que aqui você deixou
Agora que faço o almoço você me chutou
Agora que preparo a janta, não me tens amor
E tudo o que era alegria hoje é um céu sem cor
Você me esperava na cama com seu jeito de quem sempre me amou
Agora que preparo a janta você me deixou
Let's go boys! ...Down Down Down Down Down Down Down.....
Agora toda minha familia é o rex e eu
Nem mesmo aquela calça velha você devolveu
Eu tomo mais um gole puro de saudade que aqui você deixou
Agora que limpo o banheiro cê me abandonou
Agora que limpo o banheiro você diz adeus
Eu fico com a minha guitarra e com os sonhos teus
Lembrando de uma tarde quente
Em que uma cerveja nos apresentou
Agora que eu limpo o banheiro você se matou.

A qualidade do vídeo e do áudio tá longe de ser boa, mas né? Banda underground e punk, sem a menor pretensão de ser comercial. =DD


Já que o assunto é música não posso deixar de falar de um outro projeto F)*U)_&¨% do pessoal daqui: Caçarola Orquestra de Baixos - eu que AMO esse instrumento - sou apaixonada pela ideia de ter músicas tocadas SÓ com baixo. E mais: um dos baixista que integra o grupo foi meu professor de baixo por uns anos. Ele é MUITO bom! Sinto um orgulho gigante de poder dizer que fiz aula com ele. E o que hoje eu ensino pros meus alunos aprendi com ele! Inclusive a paciência! 


Segue vídeo: 


Ps: Meu profe é o gordinho barbudo com o Fender vermelho lascado. Era esse baixo que eu usava nas aulas! E eu ajudei MESMO a descascar! =D

Eu covarde

Eu tenho andao bem desanimada, triste e refletindo muito nesses últimos dias, só que eu não estava entendendo o porquê. Até ler um texto sobre suicídio, até lembrar que hoje é aniversário da minha cidade, e que suicídio e 29 de março me lembram alguém MUITO especial.
****************
Agora que o peso da culpa já foi embora, eu choro mesmo é de saudade, e por não lembrar qual foi a última vez que eu disse que te amava. Mas eu te amava, e ainda amo, e é tanto.
Talvez eu tivesse muito pra te contar. Talvez a gente pudesse chorar junto, eu te falasse que já tinha tentado também, mas que viver ainda é menos dolorido, embora em mim isso doa quase todos os dias: eu pensei ontem, viver me pesa, e não sei mais o que fazer com essa condição: Eu existo. Mas pra quem? E pra quê? Não há resposta. Talvez eu tenha silenciado tanto por medo de que você me fizesse perguntas que eu não saberia responder. E todo mundo vem e me pergunta  coisas de portugueê, de futebol, de teologia, ninguém entende que eu sou feita de perguntas não de respostas. 

Eu queria muito ter te ligado pra desejar parabéns, naquele seu último aniversário, mas não liguei e disse que faria isso no próximo, e o próximo não veio. E nunca virá! Hoje só há silêncio, depois de tantos soluços, hoje não tenho coragem de falar com sua mãe, com a vó, ou quem quer que seja. Hoje eu fico em silêncio, pra dizer que eu ainda sinto, muito e tanto, e que essa dor não vai passar nunca. Mas que mesmo assim eu vivo. Mesmo que alguns entendam como continuar vivendo meu ato mais covarde. Você podia ter sido covarde tanto quanto eu. Meu peito dói tanto quanto o seu deve ter doído desde seu último suspiro.

Para meu primo João, que hoje faria 23 anos!



Sinto falta dele, até quando ele está aqui

Sinto falta dele com violão tão antigo na mão, com as cordas velhas, cantando qualquer música que ele mesmo tenha feito e que eu sou a primeira a ouvir. Sinto falta, embora ele esteja aqui, do meu lado agora. Sentado em frente à tv, assistindo ao telejornal. O violão empoeirado no quarto dele, junto com tanta coisa daquela época que não volta mais. Quando a gente escapava da aula, ia para o parque à noite e ficava lá, filosofando sobre amor, pessoas, a gente, e cantando.

Só as estrelas eram testemunhas daqueles momentos. Hoje todo mundo sabe e todo mundo vê que a gente está junto, embora a maioria não entenda nem como, nem quando, nem onde, e criem teorias sobre o porquê. Eu, que tenho escritos leads e leads*, não sei como iniciar o parágrafo dessa narrativa. Que de tão pura deveria começa com Era uma vez. Como todo mundo eu fui deixando algumas palavras para trás, ele foi deixando algumas atitudes, e assim fomos nos encaixando, entrando no mesmo ritmo, eu desacelerando e ele acelerando um pouquinho, pra não me deixar ir muito além, sozinha. Agora a gente toca a mesma sinfonia: a do silêncio. Eu silencio e ele entende. O inverso de tudo que aconteceu pra nós dois, todos os relacionamentos que eram só barulho, gritos, choros e risos maldosos, um silêncio cúmplice. É no silêncio que a gente diz o que tem medo, eu de escrever, ele de cantar. Ele canta outras histórias, eu escrevo outras narrativas, e nunca somos os personagens. Há ficção demais nessa realidade.

Eu não pronuncio a palavra amor, ele não canta que é pra sempre. A gente se gosta, a gente tem um compromisso, o compromisso de ser até quando se é, e quando não se for mais, deixar de ser da maneira mais digna: sendo. Complexo? Ele entende. Ele me entende, acima de tudo. Conhece meus traumas, respeita meus medos, mas não rege nosso relacionamento por eles. Cada dia é como vencer um medo: de altura, de aranha, da madrugada, do futuro, de amar, de ser amada, de ser feliz.

Eu sinto falta de como a gente era, quem eu era, quem ele era, quem éramos juntos. Mas adoro chegar em casa e às vezes ter o café pronto. Adoro ir pra casa dele na sexta, fazer uma janta pra nós dois. Adoro descansar, ler, e não fazer nada com ele. O violão está quieto, mas nosso coração bate e é pleno carnaval, a gente que só ouvia rock, dorme ouvindo samba da velha guarda, a gente mudou muito, mas mudou junto.

Eu não sei se ele ainda sabe tocar as mesmas músicas, mas continua me tocando como nunca. Dedilhando meus cabelos, ele consegue tirar de mim a melodia mais doce. O silêncio mais poético. Por vezes eu o olho da cozinha, sentado no sofá assistindo algo, e penso: Até quando eu vou conseguir ser feliz, sem me sentir culpada? E aí ele percebe que eu estou olhando e me sorri, e percebo que essa felicidade também é merecimento, nós dois já choramos muito. E nesse instante o que eu mais quero é fazê-lo feliz, exatamente como ele me faz. E isso não precisa de nome, só precisa da gente, e isso a gente já tem.

Luana Gabriela
Março 2011


*lead – técnica jornalística de contar no primeiro parágrafo as informações mais importantes. Quem, quando, onde, como, por que.

Tem lógica


Do blog mais original da blogosfera: Amor de Papelão



Uma música: Minha Menina - versão Relespública (muito propício tudo isso)



Ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela


Professor

Você não sabe, mas naquele momento era o homem mais amado do planeta, o mais desejado. Naquele instante em que nossos olhos se cruzaram e se perderam uns nos outros, e que se beijaram mesmo sem se tocarem, eu te amei. Te amei como uma possibilidade de amadurecimento, você mais velho deve ter muito pra me ensinar. Te amei como uma possibilidade de abrigo, de colo, de companhia para meus domingos de leitura. Você, que já deve ter lido tanto, e que leciona minha matária favorita, poderia ser meu professor particular de como escrever (viver) um romance.

Eu que nunca senti seu cheiro, fico sonhando com o tempo da gente junto, na sua casa, lendo qualquer clássico da literatura nacional e declamando versos de Quintana, um para o outro. Eu quero que você interprete o texto que os meus olhos escreveram naquele instante. Eu quero que você leia as entrelinhas daquele momento. Eu quero que você avalie meu desempenho, eu quero que você chame minha mãe pra conversar, pra reclamar de mim, da minha falta de concentração, e do meu português ruim e agora eu me lembrei de Cássia fazendo referência ao Roberto: "Não vem dizer pra mim dos erros do meu português ruim, não que eu não saiba não". Espero que entenda minha concentração some quando o vento bate em teus cabelos longos e loiros, deixando tuas costeletas tão a mostra.

Eu quero cuidar das tuas camisetas cinzas, das tuas calças jeans desbotadas e do seu all star antigo. Discutir contigo qual o melhor cd de metal dos anos 80, qual o melhor dia para ir naquele bar, e descordar de você quando achar que a gente não pode dar certo. Me ensina. E eu te provo. Somos sujeitos complementares de um mesmo verbo, amar.

Luana Gabriela
22/03/2011

Futilidades

Eu sou total de lua. Inclusive acho lindo quem me chama assim, o que é bem mais comum na internet, mas né? O que importa é a questão de fases, que não é privilégio meu. Tenho fases de discutir filosofia, política e literatura, fases de discutir futebol, fórmula 1 e músicas, mas - pasmem - tenho um lado fútil (TODOS RII - como diz a patricia do te amo porra) e quando ele aflora as lojas de cremes, maquiagens, perfumes e bolsas me amam.

E aí que durante o dia o trabalho foi tranquilo E... (pausa dramática)

¬¬

Passei a quinta - feira INTEIRA vendo o site: unhabonita.com.br e a sexta INTEIRA vendo o 2beauty.com.br. Resultado: na quinta fui comprar esmaltes na sexta decidida a encomendar um blush novo, e abusar da sompra preta no fim de semana. Pausa. Alívio.
Sou uma mulher normal!


FIM!

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Na quinta fui assistir a peça Minha vontade de ser bicho, inspirada na vida e na obra da Clarice (precisa mesmo escrever o sobrenome? Me acho tão íntima dela, ok, realidade me chamou) Lispector. Cheguei bem cedo, duas horas antes do espetáculo, tinha marcado entrevista com o diretor, um querido, enfim, antes que eu me perca... 

Nunca aquela música dos Los Hermanos foi tão perfeita - E até quem me vê lendo jornal na fila do pão, sabe que eu te encontrei - terminei a entrevista e fui na panificadora mais próxima, uma histórica daqui que tem até um livro sobre - conheci a bendita - na fila escolhendo entre torradas com orégano ou cookies de chocolate, falei sobre meu mais novo flerte fatal. O moço da frente ouviu e riu no meio da história. Achei simpático porque ele me explicou porque riu. Ele pagou, e antes de sair me disse: Ele precisa saber disso que você me disse! Respondi dizendo que ele saberia quando fosse a hora. Cheguei no trabalho hoje mega disposta a dar um sorrisão e fazer um olhar meigo, mas não vi o dito. Moral da história: Nem toda história tem moral.

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O Ministério dos blog's relevantes adverte: esse post faz mal à intelectualidade!
Eu explico: Tô há meses sem ir na terapia, e né? Sem saco pra dividir as futilidades da vida com amigos. Na verdade sem saco pra dividir nem a caipirinha, nem o chocolate com os amigos.

Bom fim de semana!

Os intelectuais que me desculpem, mas um pouco de futilidade é fundamental.


 Um dos esmaltes que eu comprei - digitei Madonna no Google e salvei essa foto aí, portanto a mão não é minha! =D


Caio me entende




Seria isso, então? Você só consegue dar quando não é solicitado, e quando pedem algo você foge em desespero.

Caio Fernando Abreu

Olha eu aqui outra vez

Um texto PER-FEI-TO! É do Gabito Nunes, autor do Caras Como Eu, e do livro Amanhã Seguinte Sempre chega, que está de próximo na minha fila de leitura, aguardando ansiosamente o término de A Garota do Tramboni. 

Enfim, o Gabito escreve muito, e tudo! Porque mesmo depois de um fim de relacionamento, a gente pinta o cabelo, emagrece, faz uma tatuagem nova, vai a lugares novos, conhece outros sons - pra esquecer a trilha sonora do ex-casal- mesmo assim, a gente não muda tanto. Nem nós, nem eles!

Segue o texto.

Ninguém muda

Eu não sabia o porquê de estar ali depois de, sei lá, uns novecentos dias. E você, tão lord e super discreto, exatamente como novecentos dias atrás, também nem perguntou. Ficamos ambos parados e quietos, pensando muito. Eu e meu punho cerrado e apoiado na bochecha, você futucando alguma coisa no cotovelo com a cara séria e entediada. Como numa cena de fluxo lento. Fazia muito tempo que a gente não se via depois que tudo deu errado.

Convidei pra um cinema e você me pediu que subisse. Tudo estava diferente fora as roupas sempre penduradas. Ficamos ali suspensos, sem saber que horas eram, se agora nossos dias separados haviam nos passado pra trás. É só paz de espírito. Ou duas pessoas sem habilidade de montar o quebra-cabeça de uma segunda chance. A gente foi assim, como dois espelhos, a personificação do côncavo e o convexo, refletindo um pra cada lado, só que com o encaixe perfeito. Só o amor sem terceirizações, feito de não mais que duas pessoas, pode ser tão redondo e circular a ponto de voltar ao ponto de partida.

Mas a gente só fica ali, nos sentindo velhos demais pra expor sentimentalidades e falar do que foi. Aí você estupra o silêncio e diz que foi chato o tempo de ficar ouvindo os outros falarem que mudei depois que dei fim àquilo que não tinha fim, e sai fora, com a bolsa cheia de promessas de um futuro melhor e os olhos sob nova direção. Eu deixo escapar que foi bonita a história. Ainda lembro que o plano era provar pra todo mundo que amor perfeito não era só nome de flor.

Mas eu decidi que ia amanhecer em discotecas, provar de bebidas coloridas, ser envolta pelos braços de um novo romance, o mais urgente possível, qualquer um que falasse por mim "diz pra ele que me viu com outro, que eu mudei, fiz uma nova tatuagem, ando ouvindo tipos de música que ele odeia". É o primeiro reflexo: a gente sempre põe alguém no lugar, como um teste pra saber se acabou de verdade ou pro fim não ficar sem carimbo. Aquelas pessoas insípidas que servem pra dividir águas mas logo logo passam por baixo da ponte sem mover nossos moinhos.

Sinto muito se eu era tão feliz e não me dei conta. Se nas poucas vezes que eu sorria, sabia que a intenção era apenas ferir. Mas agora já não sei o que fazer com isso, só sei da minha vontade de fazer um brinde ao nosso reencontro e te beber inteiro sem receio de me afogar outra vez. Mas você fica inerte, deixando bem claro que estou abaixo de uma ferida de cotovelo, talvez tentando proteger aquela parte do corpo que já tanto doeu.

Talvez seja só uma dívida com meu ego mimado, mas eu sinto tesão. Eu quero agora. Se não for por reconciliação, que seja de despedida. Você me vê com um "sim" em cada olho, mas não oculta uma certa tristeza. E faz uma cara como dizendo que desse jeito não vai dar. Mas eu quero muito, então faço uma cara de não se preocupe, deixa que eu dou, do meu jeito. Você bem lembra. Olha eu aqui outra vez. Ninguém muda tanto assim. 

Originalmente publicado AQUI!

O mesmo


E depois de três anos as pessoas ainda me perguntam de você. Eu não sei o que dizer. Não há lugares-comuns como está casado, foi transferido para São Paulo, é pai. Você ainda é o mesmo. Aquele mesmo por quem me apaixonava todos os dias um pouco, é você que ainda some no fim de semana, aparece no domingo à noite ao meu lado, pra me dar a mão. Ainda é você. Embora eu hoje te peça: Não me toque. Você acha que é repulsa. Não é.

Meu pedido é uma súplica, não me toque por fora se não for capaz de me tocar por dentro novamente. Não acaricie minha pele, se não for também acariciar meus ouvidos, não me empreste seu casaco se não for pra aquecer esse frio coração que você deixou ao partir, numa tarde qualquer de 2008. Não me toque, se não for pra dedilhar meus dedos com teus dedos, como o Chico Buarque dedilhando seu violão: Não me toque se não for pra me tocar chicobuarqueando, minha pele, meu sorriso, meu caminhar.

Não me toque, se for para repetir a mesma canção dos tempos passados, quero novas canções. Não me toque se for pra arrepiar os pelos do braço, mas deixar por dentro tudo intacto. Não me toque, se não for com as mãos e com o coração quente. Não me toque se não estiver disposto a gravar minha letra com tua melodia. Não me toque se não gravemente agudo, um amor sustenido, um sofrimento bemol, não me toque se não for no meu tom. Não pegue em minha mãe, se não for pra me pegar inteira e nunca mais me devolver a mim mesma. Meu pedido é uma súplica: me toque além da pele, me toque visceralmente.


Luana Gabriela

Meu último romance?

Achei um blog massa hoje: http://donttouchmymoleskine.com/

E peguei essa imagem LINDA e Perfeita de lá!


Ps: Um professor em minha vida - é um bom nome pra um longa dramático?


Uma imagem e uma música

A situação

A trilha



Eu nunca amei ninguém completamente
Sempre foi com um pé no chão
E por proteger de verdade meu coração
Eu me perdi
Nesses sons

...
 
Suponha que eu nunca nem conhecesse você
Suponha que nunca nem nos apaixonássemos
Suponha que eu nunca deixasse você
Me beijar de um jeito tão doce
E tão suave

Suponha que eu nunca nem visse você
Suponha que você nunca nem ligasse
Suponha que eu continuasse cantando canções de amor
Só para evitar
Minha própria queda
Fidelity - Regina Spektor

Canta comigo

Ele me pediu perdão. Como eu nunca achei que fosse acontecer. A pessoa mais orgulhosa que eu conheço me abriu suas fraquezas, seu orgulho ferido, me pediu perdão. Eu em prantos compreendendo a exata dimensão daquele momento: Ele se permitindo ser o que é na minha frente, o que não mostra pra mais ninguém.

Eu cheia de vergonha por ver um homem chorando, se explicando, se desculpando como nunca havia visto. Eu cheia de dedos pra falar as verdades, eu querendo abraçar e chorar com ele aquela dor de um fracasso que eu conheço bem. Eu, quieta só ouvindo. E pensando em como eu pude exigir dele algo nesse momento e quase me desculpando também.

Alguns podem pensar que agora tenho ele em minhas mãos, mas o que me agrada mesmo é saber que tenho ele em meus braços, com a cabeça sobre meu ombro, ou sobre meu colo.Ele, o homem mais orgulhoso que conheço, se permitindo ser um garoto magoado porque nunca é escolhido para compor o time de futebol na escola. O garoto que eu escolhi pra ser quem cuidaria de mim, admitindo que agora também precisa dos meus cuidados. E eu ali esquentando a água pra um chá, cobrindo os pés, pedindo a Deus por ele, enquanto ele ronca no meu sofá. Eu o beijo na testa como ele tantas vezes já fez, eu tenho medo de deixá-lo só, eu deito na sala também, eu diminuo o volume da tv, eu desligo os telefones, eu só quero que ele acorde e sinta que tudo pode ser melhor se eu estiver lá.

Eu só queria que ele soubesse que não o vejo menos homem depois disso, mas que o vejo como o homem real, que ele é. E me sinto menos fracassada, e mais possível pra ele. E volto a sonhar com nossa geladeira retro, num apartamento bem pequeno daqui ou de outra capital do Sul. O homem que vai chorar comigo. O homem que canta comigo Livin' On a prayer.


Luana Gabriela 
Março 2011

Dedicação

Eu não curto Carnaval. Até acho as alegorias bonitas, os samba-enredos criativos, mas não passa disso. Então eu sempre aproveito essa época para movimentar minha vida cultural. Mais filmes, mais peças, mais bandas, mais lugares, rever gente que eu não consigo ver muito. 

Entre os muitos filmes que assisti, um foi especial. E o melhor não foi indicação de ninguém eu descobri sozinha mesmo. E me arrepiei com tantas coisas que ele trouxe à tona na minha vida. Eu tive um namorado muito parecido com o protagonista do filme. Mas não o amei o suficiente pra entender suas esquisitices, não me arrependi por ter desistido de tentar entendê-lo, mas talvez eu o entendesse melhor se tivesse visto  o filme antes. E ele me entenderia se tivesse visto também. Segue abaixo o trailer, eu procurei legendado e não achei, mas acho que dá pra entender a problemática.

A parte que mais mexeu comigo foi: "Ela merece alguém melhor que ele. Alguém melhor que eu eu. (...) Eu não tenho um melhor. O meu melhor ainda é péssimo" Eu ouvi tantas vezes isso, tantas!

E tem outra, ele pede pra ela: "Nunca diga que eu não gosto de você". Putz, eu fiz tanto isso, quando era tudo que ele me pedia, simplesmente pra acreditar no que ele sentia, e eu não acredito até hoje.

Sinopse:
Longa independente sobre um rapaz com sérios distúrbios comportamentais (Billy Crudup de “Missão Impossível 3“) que após a morte de seu melhor amigo e sócio (Tom Wilkinson de “Conduta de Risco“) deve finalizar o livro que estavam escrevendo com uma nova parceira (Mandy Moore de “Licença para Casar“). Daí para um improvável romance é um pulo.

O filme tem uma estética um tanto esquisita, cheio de cortes rápidos e com uma trilha que varia entre o depressivo e o esperançoso. Mas a grande atração é o próprio Crudup que carrega o filme nas costas com seu personagem tragicômico, cheio de tiques. Ele incorpora com maestria e já vale o filme. Moore faz o papel de garotinha de sempre enquanto Wilkinson é correto como de costume e ainda tem uma ótima química com Crudup.

Tudo bem que o roteiro resolve todas as pontas soltas de forma fácil demais e se beneficiaria de uns minutos a mais para detalhar alguns conflitos, mas ainda sim é um romance alternativo feito por boas atuações que vai agradar a algumas tribos.

A trilha sonora também é ótima:

01 Deerhoof: "Matchbook Seeks Maniac (Dedication Mix)"
02 Cat Power: "Back of Your Head"
03 "Dr." Isaiah Ross: "My Bebop Gal"
04 Fischerspooner: "A Kick in the Teeth"
05 Edward Shearmur: "Dedication Suite One"
06 Deerhoof: "Little Drummer Boy"
07 Deerhoof: "Hark the Umpire"
08 Buddy Moss: "Red River Blues"
09 The Strokes: "Ask Me Anything"
10 Lightning Bolt: "Forcefield"
11 Edward Shearmur: "Dedication Suite Two"
12 Deerhoof: "Our Angel's Ululu"
13 Au Revoir Simone: "Stay Golden"

Você vem


Você vem. Talvez com cabelos escuros, talvez não. Talvez com olhos claros, talvez não. Você vem. Se é de ônibus, carro, avião, ou se está tão perto que vem caminhando mesmo, não sei. O que importa é que você vem. Talvez venha para somar no meu mp algumas bandas que eu não conheço, talvez venha pra me fazer conhecer mais diretores de cinema, mais revistas em quadrinhos, outros bons técnicos de futebol.

Você vem. Como outros já vieram. A sua diferença, é que você não vai. Não vai virar as costas enquanto eu ainda estiver falando, não vai precisar de uma manual “como agradar-me”. Você vem e não vai precisar que eu te diga nada além de “sim”. Um amor pra concertar, um amor desconcertante. Você vem e eu não preciso procurar. Eu vivo. Eu caminho, eu sorrio, eu choro, eu vejo Woody Allen, eu leio Lispector, eu ouço Kings of Leon, eu cantarolo “a good love in on the way” e penso em você.

Você vem. E eu não vou pensar se é certo ou não te querer, eu vou querer e ponto. Você vem e eu vou contigo, pro mercado, pro parque, pra sua casa, pra sair com seus amigos. Você vem. E eu vou fazer seu prato favorito, despertar teu sorriso mais bonito, te tocar dedilhadamente uma canção. Você vem, para me desdizer, para me contrariar, para deixar tua voz em meus ouvidos antes de dormir, para segurar minha mão, para reparar em meu esmalte, para criticar meu estresse, para elogiar aquele verso.

Ah, você vem. E eu já não espero grandes coisas, quero as pequenas mesmo. Quero o café da tarde numa quarta-feira, quero dormir no quarto enquanto você assiste ao jogo de domingo na sala, quero cantar no sábado pra te fazer dormir. Você vem e nada vai me tirar a certeza de que vem, e é pra ficar. E eu vou, vou acreditar em nós, de novo e pra sempre até que o pra sempre se esvai, e eu acredite na gente, só por hoje, hoje, hoje...

Luana Gabriela
01/02/2011


Então,

Segue texto que  encontrei através de um vídeo que a @LuxBrito postou no Twitter.

Reflections of a Skyline

"E eu quero brincar de esconde-esconde, te emprestar minhas roupas, dizer que amo seus sapatos, sentar na escada enquanto você toma banho, e massagear seu pescoço. E beijar seu rosto, segurar sua mão e sair p'ra andar. Não ligar quando você comer minha comida, e te encontrar numa lanchonete p'ra falar sobre o dia. Falar sobre o seu dia e rir da sua, sua paranóia. E te dar fitas que você não ouve, ver filmes ótimos, ver filmes horríveis. E te contar sobre o programa de TV que assisti na noite anterior e não rir das suas piadas. Te querer pela manhã, mas deixar você dormir mais um pouco. Te dizer o quanto adoro seus olhos, seus lábios, seu pescoço, seus peitos, sua bunda. Sentar na escada, fumando, até seus vizinhos chegarem em casa, sentar na escada, fumando, até você chegar em casa. Me preocupar quando você está atrasado, e me surpreender quando você chega cedo. E te dar girassóis e ir à sua festa e dançar. Me arrepender quando estou errado e feliz quando você me perdoa. Olhar suas fotos e querer ter te conhecido desde sempre. Ouvir sua voz no meu ouvido, sentir sua pele na minha pele, e ficar assustada quando você se irrita. Eu digo que você está linda, e te abraçar quando você estiver aflita, e te apoiar quando você estiver magoada, te querer quando te cheiro, e te irritar quando te toco e choramingar quando estou ao seu lado. E choramingar quando não estou. Debruçar-me no seu peito, te sufocar de noite e sentir frio quando você puxa o cobertor e sentir calor quando você não puxa. Me derreter quando você sorri, me desarmar quando você ri. Mas não entender como você pode achar que estou rejeitando você quando eu não estou te rejeitando, e pensar como você pôde pensar que eu te rejeitaria. E me perguntar quem você é, mas te aceitar do mesmo jeito. E te contar sobre o "tree angel", "o menino da floresta encantada" que voou todo o oceano porque ele te amava. Comprar presentes que você não quer e devolvê-los denovo. E te pedir em casamento, e você dizer "não" de novo mas continuar pedindo, porque embora você ache que não era de verdade mas sempre foi sério, desde a primeira vez que pedi. Ando pela cidade pensando. É vazio sem você mas eu quero o que você quiser e penso. Estou me perdendo, mas vou contar o pior de mim e tentar dar o melhor de mim porque você não merece nada menos que isso. Responder suas perguntas quando prefiro não responder, e dizer a verdade mesmo que eu não queira, e tentar ser honesto porque sei que você prefere. E achar que tudo acabou, espera só mais dez minutos antes de me tirar da sua vida. Esquecer quem eu sou e me deixar tentar chegar mais perto de você. E de alguma forma, de alguma forma, de alguma forma compartilhar um pouco do irresistível, imortal, poderoso, incondicional, envolvente, enriquecedor, agregador, atual, infinito amor que eu tenho por você."

Dirigido por Michael Tamman & Richard Jakes.
Os atores são Christopher Dunlop e Fiona Pearce.
Gravado em um telhado, em Londres.

Agora segue a música que me veio à mente lendo o texto, aliás a música que toca no meu cel, música que me toca e ponto.


Eu vou tentar mais uma vez
Eu vou atrás, não vou ter medo
Eu vou bater, eu vou entrar
Eu vou chegar mais cedo mais uma vez
Cadê você que não me vê?
Quem é você que eu não vejo?
Cadê você pra me dizer que tudo isso vai passar?
Eu vou entrar na tua casa
Eu vou entrar na tua vida
Eu vou sentar e esperar tu me mandar embora mais uma vez
Cadê você que me esqueceu?
Quem é você que eu não esqueço?
Quem é você que me prendeu
E depois me deixou pra trás?
Que não vai voltar
Por mais que eu cante, escreva, toque
Não vai dar
Você não vai mudar
(Sabe que sozinho eu não sei aonde ir)
Você não vai mudar
(Sabe que sozinho eu não sei aonde ir)
É claro que tu vai dizer que nunca soube o que eu queria
E fica fácil pra você se agora já não vale o que passou
Os teus amigos, meus amigos, não conseguem dizer nada
Os meus amigos, teus amigos, dizem que não sabem mais quem eu sou
E eu não vou ficar
Te procurando aonde eu posso encontrar
Alguém pra me mudar"
Esteban - Pianinho


Bom feriado, pra quem vai e pra quem fica. Aliás, pra quem sabe ficar quando todo mundo vai! ;)

Tempo

Tempo que a gente ainda tinha futuro, uma estrada lírica pela frente e não existia esse desespero de gente grande cercada de não-amor.

Gabito Nunes

A canção


Novo single do Strokes - Ouça
Eu não curti tanto quanto achei que curtiria, ingenuamente eu esperava algo mais cru sem tantos efeitos.

Interpol perde o segundo baixista em menos de um ano - Lembro bem da saída do último baxista (considerado por mim e só por mais um amigo um dos melhores baixistas do mundo). Fui esquecer a saída dele na ferinha mais próxima, tomando quentão com esse amigo que concorda comigo, compartilhamos sempre da mesma dor!

Marcelo Camelo lança trecho de seu novo single - Ouça
Me lembrou ironicamente Little Joy (ex-Los Hermanos + ex?? Strokes)

Apesar das novidades musicais, a canção que tem marcado esses últimos dias é: 

"Porque eu sou feita pro amor da cabeça aos pés
E não faço outra coisa do que me doar
Se causei alguma dor não foi por querer
Nunca tive a intenção de te machucar"
Ana Carolina - Rosas
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