Às vezes

De vez em quando eu tenho vontade de choramingar no blog. Juro que tenho.

retirado do weheartit.comweheartit.com

Aos leitores

A internet é um campo vasto e a gente encontra muita coisa legal, muita gente legal, mas nem todo mundo é assim né? Olha só esse blog que legal, http://garotosvoando.wordpress.com/ tem bastante texto meu, só que sem os créditos: 




















Bom, tem outros textos meus lá, mas fiquei com preguiça... são muitos. Claro que ele troca o título dos textos (fica mais difícil de achar), e também acrescente trechos de Clarice Lispector e outros autores e músicas, coisa que eu também faço, mas só às vezes. Tem textos bem antigos de 2009, por exemplo. 

Bom, sei que essas coisas são super passíveis de acontecer. Mas né, sempre que eu posto um texto que não é meu, dou referência e o link. Então eu espero que os outros façam isso também. De qualquer forma, obrigada ao leitor (Luan Bruno) que me avisou e se vocês que me leem identificarem mais algum texto por aí que seja meu e esteja sem credito me avisem!! 

Abraços.

NOVIDADES:

Consegui, já algum tempo entrar em contato com a pessoa responsável pelo blog acima citado. A gente conversou pelo twitter e ficou tudo esclarecido, só que ele achou por bem esclarecer vocês também, o que eu achei bem legal, então posto aqui o que ele disse:


Ismael Trevi disse...

Luana, mais uma vez vim aqui pedir desculpas, e a claro, seus leitores, porque trai a você e a seus leitores. Conversamos sobre tudo isso, mas quero repetir que não sou escritor, nunca fui e nem quero ser, não sou blogueiro, e como você mesmo disse, nem sequer me preocupo em escrever direito e corrigir erros ortográficos nos meus textos, até mesmo porque a maior parte da minha vida não morei no Brasil, dai vem a culpa da falta de concordancia. Minha intenção nunca foi te roubar, aquele blog foi feito para mim, eu colocar seus textos era apenas por admiração, nunca ganhei nada em cima disso, não sabia também como identificar o autor, não sabia que não podia mudar títulos e etc. Como eu coloquei uma pagina de agradecimento com o link do seu blog e falando o quanto te admiro e explicando que muitos daqueles textos não eram meus, achei que era suficiente, nunca me avisaram da maneira certa falar sobre um autor. Todos os textos foram apagados, não os apaguei antes porque não tinha acesso ao blog, logo verei se não tem mais algo seu nele. Mais uma vez espero que você me desculpe e entenda que minha intenção não era cometer plágio, mas isso não justifica que eu cometi, prometo que isso nunca mais se repetirá, e se caso se repetir, você será avisada, tenho seu contato e você tem o meu, e será feito da maneira certa. Obrigado e as mais sinceras desculpas.




E por está tudo bem! Mesmo! 

Um banquinho, um violão...

BENDITO VIOLÃO 
Fabrício Carpinejar 

Nunca toquei violão e sempre quis. 

Não tive coragem de pedir para a mãe ou o pai. 

Contei ainda com o azar de ninguém me ensinar, estender o instrumento sem cerimônia e me orientar: "segura aqui, segura assim, é fácil". 

A poesia ficou sendo uma música mais barata. 

Escrevi para Reynaldo Bessa: o violão desenforca os homens. São cordas para salvar as pessoas da solidão, do nó do desespero. O violão é um antídoto contra o suicídio, o mais eficaz inventado até hoje. 

A tendência do bilhete de suicida é virar letra, o sujeito animar-se com a melodia e esquecer as idéias macabras. 

Como alguém vai se matar segurando as canções com os próprios dedos? É como dar colo a um bebê. Uma responsabilidade frágil. 

A música reabre o nascimento. 

Ao esticar as cordas, aumentamos a altura do timbre. Para quem já cresceu tudo o que podia, é um jeito do corpo prosseguir avançando. Um centímetro de voz por noite. É uma infância que não termina de dormir. Com violão, homem feito ou não alça sua estatura de noite. E aparece muito maior de dia. 

No colégio, era o amigo do “amigo do violão”. Nas festas de desconhecidos, ele não precisava se apresentar. Logo fazia empatia e trocava risadas antigas na varanda com o aniversariante (mesmo sendo a primeira vez que o via). 

Muito menos dependia de cumprimentos nas reuniões da turma. Com o estojo nas costas, já recebia a cerveja e o lugar de destaque no sofá. As meninas o paparicavam, exagerando nos beiços e advérbios, insistindo que apresentasse os sucessos do momento. Ele argumentava: 

- Agora não, depois! E levantava o corpo gelado com displicência. 

Considerava sua afirmação um luxo de poder. 

- Agora não, depois! 

Ele mandava no tempo. O resto da festa tornava-se uma espera ansiosa. Os outros reparavam nos seus gestos, procurando adivinhar a decisão e antever o caminho dos seus braços. 

Eu permanecia escorado na parede da cozinha entre a personalidade de penetra e a de garçom. Um pouco de ciúme de não ser ele. Um pouco de orgulho por ser amigo dele. 

O violão é um confidente. Vejo minha filha conversar com o instrumento. Fala cada coisa para ele que nem sonho. 

Não importa. Ela me promoveu. Vou melhorando de vida. Agora eu sou o pai da menina que toca violão.


*********************************


Esse texto é muito a cara do meu pai. Ele sempre teve baquetas em casa, mas NUNCA tocou bateria, e sei que de uma forma ou de outra eu tocar alguns instrumentos (só 2) é um motivo de orgulho pra ele. Porque é uma das coisas que ele mais pergunta pra mim: e aí filha tem tocado? Mesmo que ele nunca ouça as músicas que eu fiz, as primeiras que eu tirei no violão eram das bandas que ele me ensinou a gostar, e depois claro, tirar Roberto Carlos, pra agradar minha vó. =D 


 Apesar da qualidade ruim da foto, essa sou eu, com 20 anos, num ensaio, em um lugar que era parecido com uma sala de aula! 

Essa é minha mão, aos 18/19 anos!

Eu tô com uma vontade gigante de tocar, mas olhe que arrebentou uma corda e embora eu tenha cordas novas eu tenho uma preguiça enorme de trocar, é muito chato fazer isso. E quem geralmente trocava pra mim, não quero ver nem pintado de ouro, então... fica difícil! 

=/

Café sem açúcar

Chego em casa, e você me pergunta se está tudo bem. Diz que demorei, questiona se aconteceu alguma coisa. Aconteceu. Aconteceu a gente aqui, parecendo um casal perto de comemorar bodas de prata. Aconteceu da gente sempre pedir o mesmo prato, no mesmo restaurante, no mesmo dia da semana. Aconteceu da gente virar pro mesmo lado na hora de dormir e dar as costas. Aconteceu da gente ir dormir separado e não esperar o outro acordado.

Aconteceu que eu não sei mais onde me encontro na nossa relação, nos sonhos que a gente tinha. Aconteceu de o chá esfriar. Aconteceu do café ficar fraco, amargo. Do chocolate vencer. Aconteceu da cerveja esquentar. Aconteceu do sofá ficar marcado no seu lugar. Aconteceu da gente comprar uma tv pro nosso quarto. Aconteceu da gente parar de contar a história do livro que estamos lendo. Aconteceu da gente combinar de se encontrar no meio do caminho e se perder. 

Aconteceu. Como acontece com  tantos casais todos os dias. Aconteceu do passado voltar. Aconteceu de alguém duvidar. Aconteceu de alguém não superar. Aconteceu que hoje eu reencontrei meu ex. 

Vinho italiano

Para ler ao som de Just the way you are - Bruno Mars

Eu preciso de alguém quem me pegue no colo. Não, não literalmente. Mas olha bem pra mim. Eu sei que tenho esse jeito “sou super independente e não preciso de ninguém”, mas você não tem de ser o mais inteligente do escritório pra sacar que toda mulher quando atinge o ápice da independência, quer mesmo é ser dependente de um sorriso, de um abraço. Carpinejar falou que liberdade na vida é ter um amor para se prender. Não é?

Sei que posso estar assustando você com este papo, mas aproveita e pede mais um vinho que agora eu comecei e só paro quando você me beijar. Sabe é ótimo chegar em casa todas as noites, colocar a Carla Brunni pra cantar enquanto peço algo pro jantar e tomo banho. Mas ter alguém me esperando com uma macarronada e coca light, não seria ruim. Olha sei bem que adoro escolher que filme quero ver e ir ao cinema sozinha, durante a semana à tarde. Mas pegar a sessão das 20h pra um filme de ação, não seria ruim de vez em quando. Ou então, ver a casa decorada com flores que não comprei.

É, olha só sua cara de quem não tá entendendo nada, mas espera que tem mais. Sabe isso, de eu nunca querer que você me leve pra casa, em todo esse tempo que a gente sai? Então não é porque quero manter a pose, não sou criança, eu sei o caminho, é medo de me perder em você.

Eu não sei bem onde você acha que vamos chegar com esta conversa, mas acho que já tá na hora de você me beijar, me levar pra casa, preparar um café, e me fazer sonhar da maneira mais livre que alguém pode sonhar, amando e sendo amado. 


<< >>