Para meu amor maior - mãe -

Amo muito
Me calo para não me ferir,
para não ferí-la
me firo sozinha.
Me isolo mais, por amar
Por não querer brigar
Porque amo incondicionalmente
mas temo em me amar menos,
por amá-la demais
Amor estranho,
mas não foge a regra que
diz que amor dói.
E dói, mais que qualquer outro.


Luana Gabriela
29/01/2010

Para meu amor maior - mãe -

Amo muito
Me calo para não me ferir,
para não ferí-la
me firo sozinha.
Me isolo mais, por amar
Por não querer brigar
Porque amo incondicionalmente
mas temo em me amar menos,
por amá-la demais
Amor estranho,
mas não foge a regra que
diz que amor dói.
E dói, mais que qualquer outro.


Luana Gabriela
29/01/2010

Para meu amor maior - mãe -

Amo muito
Me calo para não me ferir,
para não ferí-la
me firo sozinha.
Me isolo mais, por amar
Por não querer brigar
Porque amo incondicionalmente
mas temo em me amar menos,
por amá-la demais
Amor estranho,
mas não foge a regra que
diz que amor dói.
E dói, mais que qualquer outro.


Luana Gabriela
29/01/2010

Janeiro Acabou (recomeçar)

Imagem: Kurt Halsey
“Fecho os olhos pra me levantar e esquecer o que passou” Sugar Kane Via-se pensativa. Passava rápido o tempo, mas também questionava-se como pode ser, já que o tempo é sempre o mesmo nem rápido nem lento. Já passava de duas da manhã, e seus olhos permaneciam abertos e seus dedos continuavam “falando”. Que coisas fez ela nestes dias que passaram? Que fez por ela? Por outros? Que fez do tempo, seu tesouro não-renovável? Passou uma quase-dor, um quase-amor. Passou o frio, o calor, passou a chuva, pelas ruas e levou embora móveis, sonhos, pessoas. Passou o vento (que entortou a flor), passou o medo. De atravessar a rua, de viver (morrer) sozinha, de não ser feliz, pois já o era. Naqueles dias passou diante dela, a morte, a vida, o começo, o fim. Passou diante de seu nariz verdades escondidas e mentiras ditas. Que viessem os próximos tantos dias que lhe houvesse Deus determinado. Que venha tudo novamente importa que Ele lhe acompanhe (não solta da minha mão). Não lhe traz pesar o fim, não lhe dói. O começo é que assusta. “O começo traz o novo e temo o que desconheço”, pensa. Poucas lágrimas, se comparado com os dois últimos janeiros passados. Foi-se então, o começo do começo. E desconfio que não se apega aos começos demorados e tem sentido cada novo segundo uma chance de (re) começar. É como a eternidade num segundo. A vida nasce em 9 meses e se finda por vezes num piscar de olhos. Respirar enfim e brindar porque o temível janeiro se esvai pelas folhas do calendário. E indo deixou um quê de talvez poder confiar nos meses que virão, deixou uma brisa limpando aqui dentro (apontou para o peito) deixou um novo emprego (e aí o medo mora), deixou a leitura de cinco livros – de Emily Brontë a Pedro Bandeira. Deixou muitos versos e a fé alimentada (aponta pra fé e rema), deixou vazios, espaços, deixou (me). Janeiro vai e não leva nada dela, como fizera antes. Janeiro vai e a deixa inteira, completa. Inteiramente bem, completamente ela. Luana Gabriela 28/01/2010
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