[ Tem gengibre? Acabou! ]

O amor termina quando a ausência já não desperta saudade, já não doi. O amor termina quando a vontade de estar junto se transforma em cobrança, em costume. O amor termina quando não há docilidade na voz, entrega no olhar, coração disparado. O amor termina quando a novidade desaparece, quando não mais se surpreendem. O amor termina quando não se quer mais agradar o outro e apenas ser agradado. O amor termina quando começam as comparações, as disputas, quando ele deixa de ser único, quando ela não é mais tão diferente da ex. O amor termina quando um só aproxima a mão, quando um só fala, quando um só finge ouvir, quando um só sonha. O amor termina quando não há mais espaço para dois no caminho escolhido. Há estradas que devem ser trilhadas na solidão. As trilhas não suportam mãos dadas. O amor termina quando está calor demais para dar as mãos, quando está frio demais para dar as mãos. O amor termina quando não há mais preocupação, há só o medo. Medo de perder, o ciúme. O amor termina quando a confiança e o respeito deixaram a relação primeiro. Nenhum amor suporta a desconfiança e a falta de respeito. O amor termina onde começa o “tanto faz”. O amor termina quando o esforço para estar junto, o espaço curto entre as agendas, o tempo corrido, não vale mais a pena. O amor termina quando não há mais espaços vagos. Aquele amor no coração foi partindo, aos poucos. É sempre devagar que o amor termina. Não é de um dia para outro. O amor termina quando não se espera mais nada do outro. Tudo de bom já veio e tudo de ruim também. Não há mais nada. O amor termina quando não há. Não há mais as mesmas pessoas do começo. Não há a mesma disposição, a mesma vontade. Simplesmente não há mais. Nunca sabemos quando o amor começa. Mas sabemos exatamente onde ele termina. Luana Gabriela 04/12/2009 Trilha: Janta – Marcelo Camelo [Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá Pode ser cruel a eternidade Eu ando em frente por sentir vontade Eu quis te convencer, mas chega de insistir Caberá ao nosso amor o que há de vir]

- Me explica, que às vezes tenho medo - CFA

"Noite de janelas semiabertas para acolher um sinal da primavera. Noite de cobertores e lembranças que deixam dúvidas e um sabor um pouco mais amargo na boca. Niki gira de um lado para o outro. O passado às vezes torna os travesseiros incômodos. Mas o que é o amor? Existe uma regra, uma forma, uma receita? Ou tudo é casual e você só deve esperar ter sorte? Perguntas difíceis enquanto o relógio...assinala a meia-noite." "Desculpa se te chamo de amor" Frederico Moccia
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