(Mais de) 500 dias com ele (in)


Só ele. Ele é quem curte comigo todas as músicas, todos os comentários, quem percebeu as situações se encaixando. Ele. Ele, que seria minha Summer. Como a troca de papéis de Sid Vicius e Nancy. Just one guy. The one.

Não sei exatamente quantos dias se passaram desde o nosso primeiro dia, que ele lembra e eu não. Mas é muito mais de 500. Algo entre seis anos. Destes, aproximadamente quatro, que o abraço dele é o melhor abraço, que o beijo dele é o mais carinhoso, que a voz dele é a que eu mais gosto, que a companhia dele é a que eu mais desejo. Loucura, amigos - amigos, amores à parte. Mas ser amigo é amar.

Amo aquele sorriso largo, que diminui os olhos dele. Amo aquele cabelo negro e bagunçado. Amo aquela pele branquinha, quente. Amo aqueles dedos, delicados e fortes ao mesmo tempo. Amo porque só ele me entende quando nem eu me entendo. Amo porque só ele me chama da maneira que mais gosto de ser chamada. Amo porque sempre, sempre sentimos saudade um do outro. A gente se afasta para quando voltar ter desculpa para ficar minutos quietos e imersos um nos braços do outro. Amo porque gosto de ficar com ele sem fazer nada. Estar com ele já é tudo.

Amo tanto que o deixo livre. Amo tanto ter sempre ele pra amar que me satisfaço assim. Às vezes tento curtir alguém, ser feliz, sem ele. Mas ninguém me faz tão bem quanto ele. Ninguém tem os olhos tão doces, o sorriso mais meigo, a pele mais delicada, o sentimento mais sincero. Eu não duvido de uma palavra que ele diz. Confio nele de olhos fechados e coração aberto. Ele que já me conheceu na fase Tom, que me viu a última vez na fase Summer. Ele que me faz acreditar. Em tudo. Até em amor de cinema.

Essa é a história de um garoto que encontra uma garota. Não é uma história de amor.

“Take me out tonight
Where there's music and there's people
Who are young and alive
Driving in your car
I never never want to go home”
There Is A Light That Never Goes Out - The Smiths

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