Falling and maybe in love

Todo mundo tem um abismo dentro de si. Quem não tem é superficial. E é em dias como hoje, que eu só quero me jogar o mais fundo que eu puder dentro de mim. Dias nos quais eu percebo o quanto me deixei precisar de você, e quanto me dói perceber que sem você me jogar é tudo que eu posso, e cair machuca, e sem você pra cuidar de mim depois eu talvez não consiga sarar mais uma vez. 

Eu tenho marcas do que não vivi, do que pensei, esperei, sonhei e que não veio a acontecer. Você conhece cada uma dessas marcas, eu não quero que você seja uma delas. Mas está começando a doer. Eu não quero que você me doa. Eu quero que você continue sendo meu remédio, minha cura, o que me sustenta. O que me faz rir, ainda mais quando estou prestes a chorar. 

Eu faço birra, eu grito, desligo o telefone e tento te evitar,  eu queria te pedir um tempo, querendo na verdade que você pedisse pra ficar pra sempre. Eu tenho medo que você entenda. E tenho medo que você não entenda também. E me dói saber que a música que me lembra da gente você nunca vai cantar, eu canto em silêncio os versos que você não ousa conhecer em meio as lágrimas que você nunca me viu derramar, porque perto de você eu só consigo sorrir. Eu encontro paz no teu abraço, eu amo estar ao seu lado mesmo que eu silêncio, eu tenho medo de que alguém te tire de mim, você disse esses dias que tem esse medo também. A gente nunca vai saber,  se isso é só amizade ou é amor também. 


 

Mas egoísta que eu sou, esqueci de ajudar a ela como ela me ajudou e não quis me separar, ela também estava perdida e por isso se agarrava a mim também, eu me agarrava a ela, e eu não tinha mais ninguém... Sei que ela terminou o que eu não comecei, e o que ela descobriu, eu aprendi também eu sei, ela falou: Você tem medo, aí eu disse: Quem tem medo é você, falamos o que não devia nunca ser dito por ninguém... Ela me disse: Eu não sei mais o que eu sinto por você, vamos dar um tempo, um dia a gente se vê... (Legião Urbana - Ainda é cedo)



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