- Eu te peço perdão por te amar de repente - V.M.

“Fico quieto. Primeiro que paixão deve ser coisa discreta, calada, centrada. Se você começa a espalhar aos sete ventos, crau, dá errado. Isso porque ao contar a gente tem a tendência a, digamos, “embonitar” a coisa, e portanto distanciar-se dela, apaixonando-se mais pelo supor-se apaixonado do que pelo objeto da paixão propriamente dito.” Caio F. G, Fico tentando provar para mim mesma, o quanto tudo isso não pode dar certo. E você arduamente tenta me provar o contrário. E ficamos nessa guerra, eu tentando e você conseguindo. Perceba tudo que não digo. Sei que é capaz, porque você sempre faz isso. Quando eu fico quieta depois de algo bonito que você fala. Você entende que eu do outro lado do telefone (distante 711 Km de você), tenho medo. Um medo disfarçado de silêncio. Um silêncio que tem medo de ser “sim”, de ser “eu também”. E este trecho que te escrevo no começo, foi Caio F. falando da tua cidade. Sua cidade foi sempre minha segunda opção para morar, você diz que a minha sempre foi a sua segunda opção. Então, meu bem, eu te pergunto agora o que é que a gente faz? Debaixo de qual céu, seremos nós? Talvez você não tenha entendido. Você me perguntava o porquê não me inspirava, sem saber que pra você já tenho muitas cartas guardadas. E eu parei de tentar me esconder. Você é o motivo mais válido pra eu me contradizer, e acreditar que de longe dá pra amar. Saudade já não sei se é palavra certa para usar. Te espero então. Te quero, e te respondo: Eu também. Tenho muitas outras coisas pra te dizer. Mas fico quieta. Porque você é capaz de descrever meus defeitos – como já fez – e me amar mesmo assim, também te quero inteiro com qualidades e defeitos. Te quero real. E superaremos a distância, não superaremos? Da tua guria, PS: E a partir de agora ficarei quieta. Caio F. sabia do que estava falando.
Luana Gabriela 31/01/2010
<< >>