Onde havia amor, concreto.
Onde havia afeto, dor.
Onde havia a lembraça do beijo, reverbera a ofensa.
Onde havia esperança, realidade.
Onde havia a inocência infantil, a descreça da maturidade.
Onde houve um pouco de entrega, muros.
Onde havia você, vazio.
Onde havia teu cheiro, fumaça.
Onde havia teu braço, travesseiro.
Onde havia teus olhos, espelho.
Onde havia nós, ficou só eu.
Onde havia uma escolha por te amar,
reina uma escolha nova, você fica na memória e só.
Luana Gabriela
05/08/2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nossa... realmente só restou a memória.
ResponderExcluirbeijo.
e como diria lygia: "A memória tem um olfato memorável."
ResponderExcluirbeijo!
Tanta coisa bonita pra se escolher e a pessoa resolve (se) esconder na memória de coisas alheias.
ResponderExcluirBeijo!
E na memória ainda é estar em algum lugar, não é tão só.
ResponderExcluirBonitas suas palavras.
As vezes mesmo com a janela fechada certos ventos frios insistem em procurar frestas para nos perturbar nas noites geladas.
ResponderExcluirTem lembranças que são, e serão [doces] e eternas.
Beijo doce em ti Lua!
as escolhas estão aí pra serem feitas e a vida seguir seu rumo...
ResponderExcluir"Acabava assim, era uma pena, todos sentimos muitíssimo, mas que há de se fazer se acaba mesmo assim?"
ResponderExcluirAssim escreveu Caio.
"Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
(...)
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão"
Assim escreveu Drummond.
E entre ambos fico eu. Sempre triste quando cabe à palavras o papel de arauto do fim e da vida pós-ele. Mas, e talvez seja coisa minha isso, penso que é também sempre muito lindo.
Um beijo, çao.