confesso

Está bem. É hora de admitir perder o controle. Saber porque começou a amar e fingir que não sabe.Aliás fingir que não quer.Se apaixonar assim, quase a primeira vista. É como escrever um texto reler e não ter nada para corrigir. Impossível.Ainda lembra da primeira vez que viu. Era diferente, chamou sua atenção. Apesar do coração batendo forte, decidiu esquecer não se veriam mais.245 quilômetros.Pouco assunto em comum, e para isso teve de perder o que mais amava. O companheiro de noites em claro. Desafinado.Trocas de números, telefones, mensagens curtas pela rede.A distância era maior. Tanto que seu lugar fora ocupado por um outro alguém.Lembra da segunda vez.Sentados juntos, uma pequena conversa.Não imaginava assim, a terceira vez tão logo. E tão presente.Um amor adolescente. Que espera. Que acredita.Que não sabe de onde vem, que não procura explicações e cede as imposições, simplesmente para amar. A partida não tem data definida, mas é certa.Há promessa de uma quarta volta.Mas não quer viver de promessas.Quer viver de certezas.Promete esperar. Se for certo que virá.Não esperava querer, como não espera o amor.Amor é nunca esperar, por estar sempre chegando.São 245 quilômetros, ligados por um amor.O amor é a ponte, sem início nem fim.Dá insegurança quando se está passando. Luana Gabriela 03/11/2008

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