- o amor não existe -
Marginália de
Luana Gabriela
Está esquecendo toda a generosidade que envolve o amor. A doação. O esvaziamento dos preconceitos intelectuais. A necessidade de mudar os costumes ou enobrecê-los. A partir dele, saímos dos próprios condicionamentos. Caso não goste de jazz, ela poderá ensinar o quanto é bom. Caso ela não goste de futebol, de repente estará torcendo como se fizesse parte da torcida organizada. Exato: só nos aceitamos quando o outro nos ensina o que somos. Nossa complacência, nossa tolerância não permite a transparência. Nos perdoamos porque estamos acostumados a fazer sempre igual. Como o amor, o igual é diferente. O igual é observado com atenção e minúcia. O igual é assistido. O amor é tão cheio de sentido e fúria, que parece sem sentido quando queremos defini-lo.
F.C.
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