LI: Sempre chove no meu carnaval


Quem nunca comprou um livro pela capa que atire a primeira pedra. Sim, eu adoro a literatura do Gabito Nunes, já li tudo que ele lançou, mas esse livro me me conquistou pela capa, os outros pelo título. 

Acontece que comecei a ler o livro hoje e terminei hoje mesmo. O que já depõe a favor do livro. Gabito com referência a Woody Allen, John Fante, Milan Kundera, ao ofício de escritor, à psicanálise, enreda a gente numa leitura que passa rápido e parece desprendida de reflexão, mas não. 

Sempre chove no meu carnaval é um livro sobre amor. Mas também sobre o desamor. Sobre o respeito aos mais velhos e aos animais, sobre a verdade máxima da vida: a gente recebe o que a gente já deu. Ou mais biblicamente dizendo, a gente planta o que colhe. A gente planta amor em solo infértil, de repente o amor da gente nasce num solo que algum passarinho chamado de destino, acaso ou Deus,  levou pra longe e frutificou. 

Gabito trata de amor de uma maneira não clichê. Os textos têm linguagem simples, e fluem como uma conversa filosófica na mesa de um bar, além de serem permeados por doses essenciais de humor, para quebrar o drama das verdades que contêm. 

Não é à toa que Gabito se destacou no cenário da ciberliteratura brasileira. Li quase 150 páginas, fixada nas histórias que ele contava e querendo muito viver um amor digno de um parágrafo de Gabito. Mas não se encontra em cada esquina caras como ele. 


1 marginálias:

  1. acho super válido comprar livro pela capa, e esse aí me deu muita curiosidade.

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