[ não é tarde, sempre é tarde ]

A mania de amar só depois que perdemos. Diga se não é assim. Você tem um dvd, um filme que parece lindo que você ainda não viu, mas quer muito ver. Você o empresta, e incrivelmente depois de emprestar é que você entende o quaaaaanto você queria vê-lo. “Seria perfeito assistir aquele filme hoje”. Você tem um livro, que já leu, você empresta e pensa: como eu queria ler ele hoje. Aquele verso seria perfeito. Você tinha um amor. Alguém que te amava e fazia bem. Você o despreza e um dia pensa: “Putz! Como eu precisava daquele amor hoje. Daquelas palavras.” É sempre assim. Com você e com quem você amou e não te quis. Hoje eu queria meu livro de volta e o meu dvd, ele queria o amor de volta. Eu posso comprar o mesmo livro, o mesmo dvd, ele jamais terá o mesmo amor. Amei sem pedir nada em troca. Amei à distância, como nunca acreditei que fosse possível. Sonhava com ele, pedia a Deus para cuidar dele já que eu não podia fazê-lo. O amor era tanto que ele não acreditou, achou-se indigno. Hoje quem desacredita sou eu. Acho que nunca vou amar da mesma forma, acho que nunca vou sofrer da mesma forma. Desejo que o amor que vier não empreste livros, nem dvd´s, desejo que dê o melhor de si. Por sons, palavras e imagens. Desejo que seja amor, de perto, mesmo que distante. Desejo para você tudo que estou vivendo agora. Uma oportunidade real de ser feliz. Não pelos bilhetes, pelas mãos envergonhadas em caminharem juntas. Que você seja o universo de alguém, que se sinta digno de ser amado. Pois todo mundo o é. Desejo que não deixe o seu próximo amor passar como me deixou, que não o ame só depois de perdê-lo, como fez agora. Amanhã pode ser muito tarde para amar. Luana Gabriela 07/02/2009