por onde eu ando

E assim eu levo a vida.Como quem dela não leva nada.Nem o chapéu, nem a carteira, nem a calçada.Daqui só sei que levo eu mesmo.E tudo que sinto sei que não levo nada.Nem o amor, nem a dor, nem a piada. Levando-se vai a vida, como Deus quer. Diria o vizinho ao te encontrar.O amigo desanimado diz que vai indo. Mas nem sabe para onde.Apenas,Vai. Vai como quem espera chegar ao paraíso de lugar nenhum, não sabe escolher seus caminhosVai. Mas não sabe o que encontrará pelo percurso, será amor ou estará sozinho?Antes só que mal acompanhado. Diz o velho ditado.Antes mal acompanho que amargurado, diz o velho mal casado. Quem está com a razão?O amor não tem razão. Nem raiz quadrada, nem matriz. O amor não é lógico.Não tem fórmula de báscara, matriz, ou regra de três que possa resolver um problema de amor. É muito mais a área da química, da história, da literatura. Amar é estar perdido por escolha.É andar descalço nas pedras, com a sola do pé ferida e ainda assim esconder a dor e sorrir.É ter a opção de calçar sandálias e ir descalço, só para sentir-se mais.Nunca sei porque caminhos o amor me leva.Mas são de pedra, e eu estou descalça, pura opção de quem sabe que amar nunca é em vão. Luana Gabriela da Silva. 19/11/2008

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